sábado, 2 de abril de 2011

A China e o vinho

Tem se tornado lugar comum. Milionários chineses investindo em tudo ao redor do mundo. Com sua economia em plena expansão, o que não falta é dinheiro  para gastar. E isso eles tem feito e muito. Compram empresas, investem em países subdesenvolvidos (principalmente na África) atrás de  matéria prima para sustentar seu crescimento. Financiam com suas armas guerras intermináveis, são responsáveis por uma matança sem propósito, mas nada que já não tenhamos visto na história da civilização. Invadem o mercado mundial com produtos baratos e de qualidade discutível, para ser minimamente complacente.

É o capitalismo Chinês. E veio para ficar. 

Política, econômia, globalização são temas recorrentes e interessantes que constantemente debato com meu grande amigo, Alváro, presidente da Confraria Campassi,  que muito me orgulho de ser membro.

Alváro, você nos deve uma visita.

Divagações à parte, vamos ao tema de hoje, a China e o vinho.


Com constância, tenho lido notícias sobre milionários chineses que buscam investir em luxo. Eles estão avançando sobre Bordeaux. Seis vinícolas da tradicional região de vinhos da França já foram compradas por "investidores" da China, o que demionstra uma crescente tendência de magnatas asiáticos instalarem-se em território francês. 

Desde 2008, os chineses adquiriram as vinícolas Château Latour-Laguens, Château Richelieu, Château Chenu-Lafitte, Château de la Salle, Château de Viaud (a única comprada por uma empresa estatal da China) e Château Laulan Ducos. 


O vinho vive um crescimento explosivo sem precedentes na China. As exportações de vinho francês para o gigante asiático tiveram um aumento espetacular de 98% em 2010. E a dupla China-Hong Kong tornou-se o primeiro cliente dos vinhos de Bordeaux em valores, com um total de 333 milhões de euros anuais. Na China, a imagem do vinho de alta qualidade é de Bordeaux, o que explica o avanço chinês sobre as vinícolas dessa região, segundo informa a AFP.


“Depois dos britânicos, holandeses e japoneses, não nos surpreende que os chineses cheguem agora, é a natureza das coisas”, afirmou Georges Haushalter, presidente do Conselho Interprofissional dos Vinhos de Bourdeaux (CIVB).


Se não bastasse a compra de vinículas, os chineses também pretendem ser os maiores produtores de vinho do mundo!

Há cinco anos, a China mal conhecia vinho feito de uvas: era apenas um "acontecimento marginal". Mas nesse curto espaço de tempo, o país tornou-se o sexto maior produtor de uvas viníferas, com aspirações grandiosas de se tornar o maior produtor mundial de vinhos. Estima-se que até 2058, a China liderará a produção mundial, "com Cabernets capazes de concorrer com os de Bordeaux". 

São muitos os relatos de vinho de origem discutível (china), falsificações baratas de Bordeaux.

O que realmente sabemos é que seus produtos, em um contexto generalizado, não atendem, ainda, os padrões de qualidade exigidos, restando um longo percurso a trilhar.

A China é uma realidade, seus produtos também. 

Vinho não é só o plantio da uva, sua colheita e fermentação, envasamento e venda.

É história, cultura, paixão...é como o blues

Boa sorte aos chineses...


Bons vinhos !

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